terça-feira, 1 de abril de 2008

O Escritório

Zeca não conseguia se conter, finalmente depois de exaustivas 16 horas de curso ele finalmente era um detetive formado (por correspondência) e com direito a diploma e tudo, e não era qualquer diploma não, era feito no computador e todo colorido. Certamente foram os R$ 15,00 mais bem gastos da sua vida e ainda ganhou uma lupa para coletar pistas. Agora só faltavam duas coisas para começar as atividades, um escritório e um cachimbo, porque segundo ele “... todo detetive que se preza usa cachimbo!” Ah, talvez um assistente pq o que seria de Holmes sem seu “caro Watson”?

Ainda sobravam R$ 85,00 do dinheiro que conseguiu juntar com as horas extras na peixaria, e na sua falta de experiência no mundo dos negócios Zeca acreditava que seria suficiente para suas principais necessidades, até já tinha marcado com o síndico do centro comercial no centro da cidade.

- Bom dia, o senhor deve ser o Sr José Carlos.

Para Zeca aquilo soou até estranho nunca ouviu a palavra senhor e o seu nome na mesma sentença aliás, nem lembrava a última vez que haviam dito seu nome completo. – Sim sou eu, e o senhor deve ser o senhor Síndico.

- Pode me chamar de Antonio, em que posso ajudá-lo?

- Eu to montando meu escritório de detetive e tava quereno alugar uma sala.

- Detetive?

- É, tenho um diploma e uma carteirinha que eu mesmo fiz, quer ver?

- Não, não precisa. Tenho uma sala perfeita, 100m², bastante arejada, bela vista só R$ 350,00

- R$ 350,00? Num tens algo mais baratinho?

- Tenho uma por R$ 280,00 mais é menor.

- Inda tá pesado.

- Quanto o senhor tem?

Senhor de novo, cada vez Zeca se sentia mais importante – Bom eu tenho R$ 85,00 menos os R$ 7 do cachimbo sobra... R$ 78,00

- Setenta e oito reais?
O sindico achou que aquilo só podia ser uma brincadeira, mas resolveu embarcar.

- Eu tenho uma sala perfeita pro senhor e ainda vou dar um desconto, vou cobrar só setenta o resto o senhor economiza.

- Opa, desconto e bom também.

- É uma sala bem reservada, intimista. Fica no 3º andar, vamos que eu vou mostrar ao senhor.

E foram em direção a “sala” que seria ocupada por Zeca.

- Aí está.

- Onde?

- Essa porta aí na frente... Não é uma beleza?

- Mas isso num é a lixeira?

- Claro que não.

- Mas ta pareceno, tem até a portinhola pra joga o lixo lá em baixo.

- O senhor não é um detetive? É uma sala disfarçada, pra não chamar atenção.

- Ah, isso e bom também. Assim ninguém vai desconfiar.

- Viu? Sala personalizada.

- Negocio fechado.

O síndico não acreditava, mas ia continuar dando corda.

- Ah, se alguém aparecer aqui querendo jogar lixo o senhor deixa.

- Mas por que?

- Pra que ninguém descubra o disfarce da sua sala.

- Ta certo, o senhor tem toda razão seu síndico.

- Antonio

- Ah é, esqueci. Posso chamar de Toinho?

- Não.

Agora Zeca já tinha diploma, carteirinha feita por ele mesmo e uma sala personalizada só faltavam o cachimbo e o assistente. Estava quase tudo pronto, só faltava seu “Watson”....

7 comentários:

Grillo disse...

Muito legal, a Lixeira foi a melhor!
COntinua ae!

Unknown disse...

po lixeira é sacanagem
ehauehuaehua

=D

Abração

Mark

Anônimo disse...

hauhauahauha mt bom...

to curiosa já!

Unknown disse...

hehehe... pobre... na lixeira é... ai ai.. kero ver o q vai dar isso... bjs

Rizller B.Souza disse...

Hahaha

Parabéns cara...muito bom...

\o/

Se quiser dá uma passada no meu blog depois...

Abraços

t+

Unknown disse...

amigo, eu sou suspeita p falar de vc... mas agora vou dizer oq eu realmente achei: não sabia q vc escrevia e muito menos escrevia assim tão bem... vc é muito criativo !
não vejo a hra de vc escrever+ aqui...parabéns!

Unknown disse...

Po irmão! Não tinha um lugarzinho melhor não? Tadinho dele. A história continua? Ele melhora de vida? Tadinho começou mal. Ta ganhando uma surra das brabas. rsrsrsrs