Zeca não conseguia se conter, finalmente depois de exaustivas 16 horas de curso ele finalmente era um detetive formado (por correspondência) e com direito a diploma e tudo, e não era qualquer diploma não, era feito no computador e todo colorido. Certamente foram os R$ 15,00 mais bem gastos da sua vida e ainda ganhou uma lupa para coletar pistas. Agora só faltavam duas coisas para começar as atividades, um escritório e um cachimbo, porque segundo ele “... todo detetive que se preza usa cachimbo!” Ah, talvez um assistente pq o que seria de Holmes sem seu “caro Watson”?
Ainda sobravam R$ 85,00 do dinheiro que conseguiu juntar com as horas extras na peixaria, e na sua falta de experiência no mundo dos negócios Zeca acreditava que seria suficiente para suas principais necessidades, até já tinha marcado com o síndico do centro comercial no centro da cidade.
- Bom dia, o senhor deve ser o Sr José Carlos.
Para Zeca aquilo soou até estranho nunca ouviu a palavra senhor e o seu nome na mesma sentença aliás, nem lembrava a última vez que haviam dito seu nome completo. – Sim sou eu, e o senhor deve ser o senhor Síndico.
- Pode me chamar de Antonio, em que posso ajudá-lo?
- Eu to montando meu escritório de detetive e tava quereno alugar uma sala.
- Detetive?
- É, tenho um diploma e uma carteirinha que eu mesmo fiz, quer ver?
- Não, não precisa. Tenho uma sala perfeita, 100m², bastante arejada, bela vista só R$ 350,00
- R$ 350,00? Num tens algo mais baratinho?
- Tenho uma por R$ 280,00 mais é menor.
- Inda tá pesado.
- Quanto o senhor tem?
Senhor de novo, cada vez Zeca se sentia mais importante – Bom eu tenho R$ 85,00 menos os R$ 7 do cachimbo sobra... R$ 78,00
- Setenta e oito reais?
O sindico achou que aquilo só podia ser uma brincadeira, mas resolveu embarcar.
- Eu tenho uma sala perfeita pro senhor e ainda vou dar um desconto, vou cobrar só setenta o resto o senhor economiza.
- Opa, desconto e bom também.
- É uma sala bem reservada, intimista. Fica no 3º andar, vamos que eu vou mostrar ao senhor.
E foram em direção a “sala” que seria ocupada por Zeca.
- Aí está.
- Onde?
- Essa porta aí na frente... Não é uma beleza?
- Mas isso num é a lixeira?
- Claro que não.
- Mas ta pareceno, tem até a portinhola pra joga o lixo lá em baixo.
- O senhor não é um detetive? É uma sala disfarçada, pra não chamar atenção.
- Ah, isso e bom também. Assim ninguém vai desconfiar.
- Viu? Sala personalizada.
- Negocio fechado.
O síndico não acreditava, mas ia continuar dando corda.
- Ah, se alguém aparecer aqui querendo jogar lixo o senhor deixa.
- Mas por que?
- Pra que ninguém descubra o disfarce da sua sala.
- Ta certo, o senhor tem toda razão seu síndico.
- Antonio
- Ah é, esqueci. Posso chamar de Toinho?
- Não.
Agora Zeca já tinha diploma, carteirinha feita por ele mesmo e uma sala personalizada só faltavam o cachimbo e o assistente. Estava quase tudo pronto, só faltava seu “Watson”....
terça-feira, 1 de abril de 2008
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7 comentários:
Muito legal, a Lixeira foi a melhor!
COntinua ae!
po lixeira é sacanagem
ehauehuaehua
=D
Abração
Mark
hauhauahauha mt bom...
to curiosa já!
hehehe... pobre... na lixeira é... ai ai.. kero ver o q vai dar isso... bjs
Hahaha
Parabéns cara...muito bom...
\o/
Se quiser dá uma passada no meu blog depois...
Abraços
t+
amigo, eu sou suspeita p falar de vc... mas agora vou dizer oq eu realmente achei: não sabia q vc escrevia e muito menos escrevia assim tão bem... vc é muito criativo !
não vejo a hra de vc escrever+ aqui...parabéns!
Po irmão! Não tinha um lugarzinho melhor não? Tadinho dele. A história continua? Ele melhora de vida? Tadinho começou mal. Ta ganhando uma surra das brabas. rsrsrsrs
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